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Vitória perde de goleada

Algo de muito especial existe na camisa 9 do Barueri. Primeiro foi Pedrão, autor de seis gols no Brasileiro antes de ir para o Al Shabab, dos Emirados Árabes. Depois veio Val Baiano, artilheiro do Nacional ao lado de Adriano, do Flamengo, e Diego Tardelli, do Atlético-MG, com nove. E mesmo na ausência do goleador, machucado, o número dá sorte. O escolhido da vez foi Luis, de 22 anos, e 1,90m. E a estatura foi muito útil logo de cara. Aos dois minutos, Thiago Humberto avançou pela ponta esquerda para cruzar, o atacante se antecipou na primeira trave e abriu o placar de cabeça.

Em desvantagem, o Vitória não teve outra alternativa a não ser atacar, apesar da falta de criatividade. Sendo assim, chuta para ver no que dá. Aos cinco, Carlos Alberto bateu firme de fora da área e assustou Renê. Leandro Domingues também arriscou de longe, mas o goleiro estava atento.

A velocidade de Fernandinho pela esquerda era a principal arma dos donos da casa. E daquele espaço sairia algo de muito bom. Aos 10, o camisa 11 arrancou em velocidade, ganhou de Wallace na corrida e bateu forte. Gléguer defendeu meio sem jeito.



O duelo atravessou um momento de monotonia, sem lances agudos, mas com alguns bem atrapalhados. Aos 23, Luis ficou na cara do gol, não teve confiança para chutar de esquerda e se enrolou todo. A bola sobrou limpa para Thiago Humberto, e o chute de longa distância assustou Renê.



Uma bola na trave de lá, uma defesa difícil de cá. Aos 30, Roger ganhou na raça, bateu firme, mas acertou o poste do Barueri. Dois minutos depois, Thiago Humberto quase respondeu com um golaço. Lançado na área, ele “chapelou” o goleiro Gléguer, teve que girar o corpo para ter ângulo, mas acertou o goleirão de pé esquerdo. Na jogada seguinte, o substituo de Viáfara, que luxou um dedo no fim de semana, quase foi expulso. Luis foi lançado, a zaga rubro-negra parou, e Gléguer trombou com o atacante na entrada da área para impedir o drible. A arbitragem o puniu com cartão amarelo. Na cobrança Thiago Humberto, ele fez bela defesa.




Lembra do lado esquerdo? Pois bem. Aos 40, Fernandinho recebeu na linha de fundo, encarou a marcação e, num espaço mínimo, conseguiu cruzar rasteiro. Marcos Pimentel acertou a trave e, no rebote, Luis não deixou a oportunidade escapar: 2 a 0. Na saída para o intervalo, o atacante comentou a fase iluminada do número 9.



- Graças a Deus tem dado sorte. Para o Pedrão, nem se fala. O Val (Baiano) entrou muito bem. Estou dando continuidade - disse.



Vitória sem força, e Barueri tranquilo





Muitos toques de lado e quase nenhuma emoção. Talvez o segundo tempo se arrastasse nesse ritmo até o fim. Mas com Fernandinho em campo a chance de isso acontecer diminui muito. Mesmo em vatangem no placar, o Barueri dominou as ações no início da etapa final, mas sem forçar. Muito diferente do Vitória, que viu Leandro Domingues, Apodi, Leandro e Roger, destaques rubro-negros, em noite de inspiração zero.



O clima começou a esquentar depois dos dez minutos. Aos 12, Fernandinho recebeu a bola na ponta direita, bem perto da linha de fundo, cortou para o meio, na entrada da área, e bateu firme. Gléguer denfendeu. Thiago Humberto também estava louco para deixar o dele. Em chute de muito longe, o goleirão foi buscar mais uma, aos 15. A primeira e única chance do Vitória só foi criada aos 18. Após cobrança de falta ensaiada, Roger recebeu livre na área, bateu forte, mas Renê pegou bonito.



Na metade do segundo tempo, Estevam Soares tirou Luis, artilheiro da noite, e lançou Otacílio Neto. E o atacante caprichou na primeira oportunidade que teve. Aos 31, ele recebeu fora da área, ajeitou o corpo e disparou uma bomba com o pé esquerdo. Bola no ângulo de Gléguer e golaço para deixar narrador sem fôlego de tanto gritar. Os gritos de "olé" da torcida do Barueri denunciavam o fim do jogo e de um jejum que começava a incomodar. Mas havia tempo para mais um. Aos 47, Thiago Humberto foi lançado entre três zagueiro, mas teve calma para tocar bonito e fazer o quarto.

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