Que o Vitória tem fama de revelar jogadores, não é nenhuma novidade. É fácil lembrar de Dida, Fábio Costa, Nadson e cia como crias rubro-negras. Mas o Leão também gosta de lançar treinadores no mercado, como pode acontecer atualmente com o quase ex-interino Ricardo Silva.
A lista de treinadores que começaram a carreira como técnico no time baiano, ou pelo menos ganhou destaque na Toca, não é pequena. O próprio candidato a nova revelação lembra bem disso. “Poxa, todos sabem da fama do Vitória de acreditar em novos nomes. O próprio Mancini, apesar de já ter vencido uma Copa do Brasil, ganhou destaque nacional aqui. Não podemos esquecer também de Toninho Cerezo e Chamusca. Quem sabe eu não posso ser o próximo...”, brinca Ricardo.
O problema maior é saber se realmente Ricardo terá sua chance, ou apenas está como um tapa-buraco. Pelo menos por enquanto, é a segunda opção. “Estamos ainda procurando um nome. Mas estamos muito satisfeitos com Ricardo Silva. Ele fez o time voltar a jogar bem. Isso conta muito”, disse o gestor do Vitória, Jorge Sampaio.
Porém, mesmo que chegue o novo comandante, Sampaio garantiu que Ricardo Silva continua na Toca. “Ele é nosso homem de confiança. Ele fica em qualquer comissão técnica que chegar, pois faz um belo papel como auxiliar. Mas quem sabe ele não dê certo como técnico também? Conhecemos auxiliares que se tornaram técnicos e deram certo”, destacou Sampaio.
O certo é que o tempo está passando e os nomes de possíveis substitutos de Mauro Fernandes, como René Simões e Ivo Wortmann, continuam como especulações, apesar da diretoria assegurar que já entrou em contato com ambos, mas sem êxito.
Enquanto isso, Ricardo Silva não liga e continua com apenas uma resposta para quem desconfia do seu trabalho: “tudo tranquilo”. Com toda paciência do mundo, o treinador também não liga pelo fato de continuar com fama de interino. “Não importa se me chamam de técnico auxiliar, auxiliar técnico ou eterno interino. O importante é fazer o trabalho que estou fazendo e gosto de fazer. Deixo a denominação com vocês da imprensa. Fiquem a vontade”, assegura.
Ao todo, Ricardo Silva já fez cinco jogos como ‘tapa-buraco‘, todos terminando com o Vitória na frente. Estes 100% de aproveitamento já ultrapassou os 66% do antecessor Mauro Fernandes. O time também voltou a ser ofensivo. Sob o comando de Ricardo, foram 20 gols, média de 4 tentos por partida. “Os jogadores estavam muito afastados um do outro. Vi que necessitava compactar para o time voltar a ser ofensivo”, explicou o técnico.
Na teoria, Ricardo Silva pegou times teoricamente fáceis, o que deixa alguns torcedores ainda inseguros. Porém, não podemos esquecer que o conceituado Gallo, comandante do rival Bahia, suou para vencer o Camaçari, na última rodada, por 2 a 1. Já o comandante rubro-negro, jogando contra o mesmo adversário, sapecou 7 a 0. Merece ou não uma chance?
RESPOSTA A PAULO CARNEIRO
Há 4 anos
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