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Destaque - Viafara



Ano passado, por causa da queda de rendimento de Ney, uma “muralha” na Série B, o clube descobriu no Atlético do Paraná o colombiano Julian Ramiro Viáfara Mesa. Ele chegou ao rubro-negro baiano em maio de 2008 com uma certa indiferença da imprensa, afinal, estava sem chances no rubro-negro paranaense.

Bastou, no entanto, a estréia contra o Sport Recife, dia 17 de maio, um sábado à tarde, na Ilha do Retiro, em Recife, para convencer a torcida e, especialmente a imprensa, que depois da “muralha”, o Vitória ganhava um “paredão”. Três impressionantes defesas em finalizações de Carlinhos Bala e Romerito – uma delas a queima roupa – realçaram a presença do colombiano no gol do rubro-negro.

Nascia ali um novo ídolo. Unanimidade entre os torcedores, destacado pela imprensa, Viáfara transformou-se em destaque do Vitória na campanha de 2008 quando a equipe ficou entre as 10 primeiras no Brasileiro da Série A e assegurou classificação para a Copa Sul-Americana este ano.

Ágil debaixo da trave, bom na reposição de bola, e perfeito na antecipação dos lances, posicionando-se como líbero, Viáfara despertou interesses de outros clubes e o Flamengo, oficialmente, acenou com uma proposta vantajosa antes mesmo do encerramento do Brasileiro.

Só que este colombiano de Cali, 31 anos completados dia 19 de maio, rendeu-se aos encantos de Salvador, o calor e carinho da torcida do Leão, e comprometeu-se: renovaria contrato caso não surgisse uma oferta de fora do país. E cumpriu a promessa, renovando por mais um ano. “Sou mais um baiano”, costuma dizer.

Trocou o frio de Curitiba pelo clima tropical de Salvador e adaptou-se perfeitamente com a esposa Paola e a filha de um ano, Lua. “No Sul (Paraná), ela (Lua) só vivia com problemas respiratórios; aqui, está esperta”, vibra.

Um dos mais importantes jogadores do Vitória, Julian Ramiro Viáfara Mesa, nascido dia 19 de maio de 1978, em Cali (Colômbia), 1m85, 92 kg, confessa estar feliz. E faz a torcida feliz com sua segurança debaixo da trave, defesas impressionantes, e decisivas como nos dois pênaltis que pegou contra ASA e Atlético Mineiro garantindo o avanço do time na Copa do Brasil.

Poucos no Brasil têm conhecimento, mas Viáfara não iniciou a carreira no gol. Primeiro, foi atacante. Não deu certo e virou zagueiro: “Fui para o gol porque era ruim e fazia muito gol contra”, revela. Quando saiu da Escola Boca Júnior para o Independiente Medellin, de Cali, já foi como goleiro e aí começou a carreira que já lhe rendeu passagens pela seleção do seu país.

Filho de Ramiro Viáfara, ex-jogador de futebol do América de Cali, Independiente Santa Fé, Independiente de Medellín e Deportivo Cali, Viáfara defendeu além do Independiente as equipes do Tolima (Colômbia), América de Cali e foi importado pelo Atlético do Paraná em 2007.

Fã do conterrâneo Higuita, que já deixou o futebol, aventura-se a cobrar falta: “Parei agora, não que Carpegiani (o técnico Paulo César) tenha proibido. Estou dando um tempo, mas sou o terceiro jogador na lista dos batedores de pênaltis”. Ano passado, com o treinador Vagner Mancini, o goleiro chegou a cobrar faltas em diversos jogos e algumas delas com perigo.

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