4.948 pagantes, sem dúvida a maioria era rubro-negra. E destes, muitos saíram insatisfeitos do estádio Armando Oliveira, com o triunfo do Vitória, por 2 a 0, contra o mandante Camaçari. O time inclusive recebeu vaias. Mas o motivo foi simples: o placar. Após 3 rodadas goleando na competição, o placar relativamente magro deixou a torcida na bronca.
Nas rodadas anteriores, foram 16 gols, uma média de 5 gols por partida. Natural que o torcedor ficasse mal-acostumado. Mas a vaia não foi válida, mesmo com o time pouco inspirado diante do lanterna. Mas o Leão permanece líder da competição, mesmo com um jogo a mais.
No primeiro tempo, o famoso futebol burocrático deixava quente apenas o clima da região metropolitana. O Vitória só tocava e pouco chegava ao gol. Mas o motivo não foi uma tarde pouco inspirada, mas o esquema tático do Camaçari. Nos lances ofensivos rubro-negros, parecia que o time mandante tinha 11 zagueiros. Todos defendiam e fechavam as possibilidades de ataque vermelho e preto.
E o esquema estava até dando certo também no ataque do Camaça. Com a obrigação de abrir logo o placar, a zaga do Leão ficava aberta e só não levou o primeiro tento graças ao goleiro Viáfara, que foi um dos destaques do jogo pelas defesas milagrosas.
Porém, o auto-intitulado maluco, conhecido também como Apodi, infernizou o lado direito do Armando Oliveira. A sua velocidade acima do comum e a raça se juntou a pontaria inspirada da 12ª rodada. Aos 32 minutos, o ala provou que também está aprendendo a cruzar.
Após confusão na área, Apodi roubou a bola e cruzou redondinho para a cabeça de Washington, que fez o mais fácil. Na comemoração, Apodi apontou para o pé, indicando que o calibre foi ajustado nos cruzamentos.
A mania de golear não deixou o ataque rubro-negro parado, mas mostrou um problema que deveria ser ajeitado no intervalo. A preocupação de atacar está deixando a zaga aberta, perigoso até mesmo contra o lanterna Camaçari, que novamente levou perigo em mais duas oportunidades, salvas pelo camisa 1 Viáfara.
Se na primeira etapa o jogo foi burocrático, o retorno do intervalo foi diferente: chato. Muito chato, inclusive. Novamente o Camaça voltou todo na defesa e o ataque da capital não foi competente para furar o esquema defensivo. E, assim como no primeiro tempo, o representante do pólo aproveitava os contra-ataques e até conseguiu em alguns momentos ser melhor que o líder.
O técnico Mauro Fernandes tentou até mudar, colocando sangue novo, como Kleiton Domingues e Bosco, mas não adiantou. O Vitória parecia satisfeito com o placar e apenas tocava bola no meio-campo. Até o destaque Apodi recuou e deixou o tempo passar, sem se esforçar com seus arranques.
Porém, outro gol tinha que sair. E mais uma vez tinha que ser de Nadson. Quando a torcida já saia do estádio, Willian foi derrubado na área. Nadgol bateu e fez seu 8º gol na competição. “Quem vê de fora não percebe. Este campo aqui é horrível“, tentou explicar o atacante, sobre a exibição fraca do Vitória.
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